AMD deve migrar para os 6nm ainda no RDNA2

A fabricação de GPUs é algo muito complexo para a maioria das pessoas. Ela consiste em literalmente imprimir circuitos complexos em silício, só que em uma escala microscópica. 

Como é de se esperar, fabricar algo em uma escala tão pequena não possui taxa de acerto de 100%. Muito pelo contrário, as fabricantes têm que aperfeiçoar e muito sua fabricação para obter o lucro necessário para manter suas operações e continuar competitiva.

Por isso, a maior dificuldade de uma fabricante é mudar a litografia de seus chips. Por isso que geralmente temos um estoque baixo de placas recém lançadas, mesmo quando estamos em tempos normais. A capacidade dessas fabricantes de errar menos vai se aperfeiçoando com o tempo.

AMD pensando no futuro

E aparentemente por isso que a AMD, estaria já migrando para os 6nm, já que a TSMC permite que os mesmos projetos de 7nm sejam feitos para 6 sem muitas mudanças. Com isso a AMD estaria lançando as Radeon RX 6000 S, GPUs basicamente idênticas mas com litografia aprimorada, conseguindo ser mais compacta e eficiente.

Isso trará uma transição mais suave para os futuros 5nm das RX 7000. E permitir que a AMD tenha um processo de fabricação mais otimizado, já que poderá já aprender mais de perto como sua arquitetura atual se comporta em uma litografia menor. 

A Intel aparentemente estaria indo por um caminho similar com as ARC. Já que com um ciclo de renovação de 1 ano, ela poderia mais rapidamente se adaptar e alcançar as concorrentes.

Ao que tudo indica essa linha RX 6000 S seria apenas para o segmento mobile. Onde especialmente é ainda mais necessário a economia de energia e a menor emissão de calor. Ou seja, a AMD estaria ganhando em dobro, fazendo um produto mais competitivo e ao mesmo tempo “treinando” na nova litografia.

Muito provavelmente a AMD se realmente for lançar esse refresh o faria junto com seus Ryzen 6000 na CES, mais especificamente no dia 4 de janeiro. 

Como isso reflete na indústria?

Podemos estar em um momento baixo quando a questão é preços e disponibilidade. Entretanto quando retornarmos a normalidade em algum ponto entre 2022 e 2023 teremos com certeza um solo fértil, com diversas fabricantes brigando e trazendo um produto melhor para nós. 

E é claro que ele não vem sozinho, com a guerra de preços e os cortes acentuados na fabricante que não tem a liderança sempre vindo a calhar. Assim nós devemos conseguir um produto melhor e mais potente, muito mais barato.

Nunca em outro ponto da história recente do mundo do Hardware tivemos tantas fabricantes disputando tão acirradamente o mesmo tipo de produto. Com a última década marcada por uma hegemonia incontestável da Intel no ramo das CPUs e da Nvidia nas GPUs. Agora as coisas mudam, com a AMD sendo uma verdadeira pedra no sapato da Intel e a Nvidia vendo seu mercado dominado sendo ameaçado por AMD e Intel.

Fonte: VideoCardz

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