REVIEW do Teclado ROG Claymore Core

Fala pessoal, tudo certo?

Nesse artigo irei análisar o ROG Claymore Core, que trata-se de um teclado mecânico ANSI no formato TKL (sem teclado numérico) com construção parcialmente em alumínio, switches Cherry MX, iluminação RGB compatível com AURA Sync e teclas programáveis. Será esse um bom teclado? É o que vamos descobrir! 🙂

Unboxing

A embalagem trás em sua frente uma foto destacando o produto, tal como o seu modelo e os switches, que no caso da amostra em questão, utiliza o Cherry MX Red (resposta Linear), porém, esse modelo também é oferecido nas variantes azul (“clicky”), marrom (tactile) e preto (linear), enquanto na parte de trás, temos destaque a diversos “features” do produto como o ROG Sync, configuração de macros, sinergia com as placas-mãe do fabricante e software (ROG Armoury).

Ao abrir a embalagem, nos deparamos com uma robusta caixa de papelão que cumpre bem a função de proteger o seu conteúdo e logo ao abri-la, a primeira coisa que salta a vista é a caprichada bolsa de veludo na qual o teclado repousa em seu interior. Além disso, acompanham o cabo do teclado, dois adesivos ROG e um guia de uso.

Hardware

Como disse anteriormente, o Claymore Core é um teclado no padrão TKL ou 85%, já que o “tamanho” do teclado também pode ser indicado pela porcentagem em relação do “full-size”, que é aquele com teclado numérico, e nas fotos abaixo, é possível ver o plate de alumínio com os detalhes inspirados na arquitetura maia e o logo da marca “Republic of Gamers”, que também possui iluminação RGB.

Esse teclado apresenta o design no padrão de “teclas flutuantes”, que é esse onde parte do corpo do switch fica visível, sendo bastante comum de se ver nos teclados mecânicos destinados ao público gamer, tanto por conta do apelo visual quanto por contenção de custos, afinal de contas, economiza-se  uma “top plate” que seria responsável por “esconder” as teclas flutuantes.

Também existem contatos protegidos por um acabamento de borracha nas laterais, cuja ideia é permitir a instalação de um teclado numérico (ROG Claymore Bond) que é vendido separadamente, efetivamente transformando o ROG Claymore Core em um teclado 100%.

A parte inferior do teclado é composta de uma peça plástica bastante robusta onde existem borrachas nas laterias e próximo de onde seria a barra de espaço e referente a sua aderência, ao menos para uma superfície de madeira foi excelente! Além disso, a conexão do teclado é feita a partir de uma porta Micro USB e relativo a isso, considero que para um modelo “topo de linha” como esse, o fabricante poderia ter adotado conexão USB-C logo de uma vez, afinal de contas, esse conector não ter um lado especifico para o encaixe do cabo como ocorre no padrão Micro USB. Por fim, os “pezinhos” responsáveis pelo ajuste de altura também são de plástico, e passam a impressão de que são robustos o suficiente para suportarem até mesmo os desaforos de jogadores um pouco mais “exaltados”! 🙂

As keycaps utilizadas são de plástico ABS com caracteres gravados a laser, basicamente, passam um por um processo onde é aplicado tinta no ABS, que é translúcido, e após isso o caracter é gravado a laser, entretanto, esse material está suscetível a desgaste com o passar dos anos, ficando com um aspecto “brilhoso” e podendo até mesmo descascar dependendo do uso. Dado o fato de que esse teclado é oferecido como um modelo “topo de linha” e com preço de produto “mais do que premium”, considero que seria razoável que o fabricante tivesse usado keycaps em PBT, que são mais caras, porém, são mais robustas que as fabricadas em ABS e não apresentam esse problema do desgaste com o tempo.

Como dito anteriormente, os switches utilizados são os Cherry MX e a respeito do seu fabricante, a Cherry é uma empresa alemã que está na ativa desde 1967 produzindo switches mecânicos e é basicamente uma das referências nesse mercado, com diversas outras empresas/marcas (exemplos: Gateron, Outemu, Kailh) seguindo o seu padrão em cruz para encaixe das keycaps e fabricando clones dos modelos da Cherry.

Sobre o switch, basicamente trata-se de um dispositívo mecânico com um contato (3, na imagem abaixo) que quando fechado por uma peça plástica (2 – aquela “cruz” onde é instalada a keycap), fecha o circuito elétrico do teclado e isso indica que aquela tecla foi pressionada.  A função da mola (4) é determinar o curso e também outras caracteristícas como a força necessária para a atuação do switch, sendo que existem diferentes caracteristicas de “feedback”, que basicamente trata-se daquilo que você “sente” quando pressiona uma tecla, sendo os mais comuns:

  1. Linear: A resposta é igual desde o começo até o final do curso do switch,
  2. Tactile: Existe um pequeno “bump” no final do curso do switch que meio que faz o usuário “sentir” que a tecla foi de fato pressionada.
  3. Clicky: Além do “bump”, ainda tem um mecanismo com outra mola ou barra que emite um clique audível ao pressionar a tecla.

Para diferenciar os switches com caracteristicas distintas, existe meio que um código de cores que só para citar alguns, temos que o vermelho e preto são switches lineares com diferentes forças de atuação (45cN no vermelho e 60cN no preto), o marrom é um switch “tactile” com força de atuação de 45cN e o azul é um switch “clicky” com força de atuação de 60cN. Esses são os modelos mais populares, entretanto, existem outras cores variando parâmetros como força de atuação e o curso.

FONTE: https://www.cherrymx.de/en/mx-original/mx-red.html

No caso do ROG Claymore Core, a variante dos switches que foi empregada nessa amostra é a vermelha, ou seja, com resposta linear, 45cN de força de atuação, 2mm de pré-curso (mínimo necessário a ser pressionado para atuação) e 4mm de curso total.

Os estabilizadores, que nos teclados mecânicos se referem a algum tipo de “apoio” extra para as keycaps longas (exemplo clássico: barra de espaço) não ficarem “dançando” ao serem acionadas pelas extremidades, são do tipo Costar e utilizam um “arame” que também é encaixado na keycap e que tem como desvantagem complicar um pouquinho a remoção da keycap em alguns modelos, entretanto, felizmente esse não é o caso do Claymore Core, onde mesmo assim não houve maiores complicações no processo de desmontagem do teclado. Também devo destacar que o acionamento das teclas que utilizam estabilizador é bastante suave mesmo “forçando a barra” ao pressionar as teclas pelas bordas, o que é um ponto positivo!

Sobre o processo de desmontagem, ele é bem simples, bastando remover apenas as keycaps necessárias para acessar os nove parafusos que unem as duas partes do teclado, no caso desse artigo, removi todas as keycaps pois era necessário para descobrir onde estavam os parafusos, entretanto, a foto do “mapa do tesouro” está bem ai para os aventureiros que o tiverem em mãos. 🙂

E por fim, relativo a sua construção interna, a conexão Micro USB fica em um pcb separado instalado na tampa plástica, enquanto que os switches são montados na plate e posteriormente soldados ao PCB, em outras palavras, a única forma de dissociar essas duas partes é removendo a solda de todos os switches e ainda falando de solda, a qualidade do serviço realizada pela fabrica foi de excelente qualidade.

O microcontrolador utilizado é o Holtek HT32F1654 e o datasheet pode ser encontrado nesse link.

Software

O Claymore Core já trás diversas funções pré-configuradas no teclado que permitem por exemplo alterar o padrão da iluminação RGB e brilho dos LEDs, sincronizar o Aura com outros periféricos ROG e gravar Macros “on-the-fly”, entretanto, a ASUS também fornece um software que permite mexer nesses parâmetros de maneira mais aprofundada, no caso, esse app é chamado “Armoury II” e permite o uso de perfis customizados para a configuração do teclado, alterar a iluminação das teclas e reconfigurar qualquer tecla individualmente (!), criação de macros personalizados e também gravar a contagem de individual de quantas vezes cada tecla foi pressionada.

De forma geral, o software tem uma interface bastante amigável e funcionou bem durante os testes

No uso

Por fim, segue um pequeno vídeo demonstrando como o Claymore Core se sai durante o uso, basicamente, a ideia aqui é lhes mostrar detalhes como o barulho de digitação, que é algo bem único de cada teclado por conta das diferenças entre as keycaps, switches e “chassis”, e também, mostrar como é a sua iluminação RGB.

Conclusão

Diantes do apresentado, foi possível chegar nos seguintes pontos:

  1. Relativo ao design, o ROG Claymore Core não decepciona, com a plate em alumínio, acabamento que remete aos “desenhos” maias, iluminação RGB que da uma visual bastante interessante ao teclado e padrão de “teclas flutuantes”.
  2. Sobre a qualidade de construção, de ponto positivo temos os switches utilizados, que apesar de não serem exclusivos são referência no mercado, o “chassis” é sólido e inspira confiança em relação a durabilidade e o trabalho de solda no PCB foi muito bem executado, entretanto, as keycaps em plástico ABS e gravadas a laser são um ponto negativo para um produto que se posiciona como “topo de linha” e que também custa como um, portanto, não seria demais pedir keycaps em PBT não é mesmo? 🙂
  3. A respeito do preço, o ROG Claymore Core está em promoção na Terabyteshop e está saindo por R$649,00 (02/05/2020), o que é um valor alto e ao menos do ponto de vista do custo beneficio não se sustenta, entretanto, se você for fã da marca e pretende, por exemplo, montar uma máquina usando apenas componentes ROG, essa pode ser uma aquisição válida, de todo modo, não trata-se de forma alguma de um produto ruim mas sim que poderia ser melhor em alguns aspectos dado o seu preço.
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