REVIEW da Memória RAM Geil EVO Potenza ‘AMD Edition’ 3000 CL16

Fala pessoal, beleza?

Nesse review irei analisar um kit de memória da Geil de uma série denominada “EVO Potenza AMD Edition” na qual oferece modelos que vão desde os 2133MHz até 3600MHz e como o próprio nome já diz, são voltados especialmente para os Ryzen. O kit em questão é composto de dois módulos 3000MHz 16-18-18-38, portanto, dual channel.

Os pentes de memória vem em uma embalagem que destaca bem a linha na qual o produto pertence e possui “janelas” que permitem ao comprador ver a memória e a etiqueta com as especificações que é colada nas mesmas. Dentro dessa embalagem, se encontram as memórias devidamente protegidas por um blister plástico que cumpre o seu papel de proteger o produto contra danos.

Para essa série, a Geil optou por utilizar um dissipador de alumínio que é oferecido em duas cores, preto ou vermelho, e não trás nenhum tipo de iluminação. Antes mesmo de remover o dissipador, é possível verificar que o mesmo não faz contato por inteiro com os chips de memória, o que certamente é algo incomodo de se ver, porém, chips de memória DDR4 não costumam dissipar muito calor, não sendo normalmente necessário o uso de dissipadores para sua operação, sendo que os mesmos costumam ser mais um “adereço” estético que serve como uma forma de diferenciar os produtos oferecidos por diferentes fabricantes.

Remover esse dissipador é uma tarefa simples pois os mesmos são apenas “colados” nos chips pela interface térmica, então basta esquenta-los um pouco e aplicar um pouco de força na parte de cima, sempre fazendo isso devagar para garantir que não saia nenhum chip colado no dissipador. Como pode ser visto abaixo, os chips de memória utilizados não apresentam nenhum código que permita identificar exatamente qual a sua origem, entretanto, o pcb é o rev.A2 usado nos módulos Samsung B-Die mais atuais, o que a princípio parece uma boa notícia, não é mesmo? 🙂

Entretanto, apesar do Thaiphoon Burner nos dizer que essas memórias utilizam chips Samsung B-Die com código K4A8G085WB-BCPB, o que está errado, como mostrarei mais adiante, a possibilidade maior é que essas memórias utilizem na verdade chips Samsung C-Die. A princípio, a informação na qual dispunha era de que esses dados são opcionalmente gravados pelo fabricante no SPD da memória e a única coisa que esse software fazia era ler e mostrar, porém, o site oficial do mesmo está fora do ar há um bom tempo e por isso não existe nenhum meio de contatar o desenvolvedor para tentar obter esse esclarecimento. De todo modo, SE o problema for apenas um erro de detecção do software, muito bem, porém, caso essa informação seja gravada no SPD pelo fabricante, ai temos um problema sério, afinal de contas, esses chips possuem caracteristicas bastante diferentes no que diz respeito a frequência/timings/tensão e muita gente compra memória procurando por essa informação dos chips.

Caso alguém venha a se interessar, nesse link pode ser encontrada a página do produto no site do fabricante.

Configurações utilizadas

CPU:AMD Ryzen 7 3800X (obrigado AMD!)

MOBO: ASUS ROG Crosshair VII Hero (UEFI 2901)

RAM: 2x8GB Geil EVO Potenza ‘AMD Edition’ 3000 CL16 (Obrigado Terabyteshop!)

GPU: ASRock RX 5700XT Challenger (Obrigado Terabyteshop!)

PSU: Antec Quattro 1200W

COOLER: WC Custom

SSD: Crucial BX300 120GB

Software: Windows 10 1903 x64, AMD Ryzen Master, TM5 0.12 1usmus config v3, AIDA64 6.00.5100.

Objetivo e metodologia dos testes: Descobrir qual o limite da Geil Evo Potenza usando um CPU Ryzen de terceira geração e também chegar na melhor configuração estável para uso diário. Para isso, separei os resultados em três grupos:

1) XMP: Que basicamente é o máximo que consegui obter apenas carregando o perfil XMP e subindo clock/tensão, parando no “sweet spot” de 3733MHz 1:1 com FCLK @ 1866MHz que é considerado a opção mais balanceada/fácil de se obter bons números usando o Ryzen de terceira geração, claro, isso se a memória que estiver sendo testada for capaz de chegar lá. 😉

A vantagem da abordagem 1 é que ela é extremamente simples e não demanda qualquer ajuste do usuário no que diz respeito aos timings, entretanto, você paga o preço da simplicidade com menor desempenho pois ai os ajustes são feitos automaticamente pela placa-mãe e podem ser bastante relaxados.

2) 24/7 com ajuste fino: Aqui foram feitos ajustes manuais em todos os timings possíveis visando obter o melhor resultado possível com viabilidade para uso diariamente. Por conta disso, quando possível irei além dos 3733MHz para explorar o limite da memória, porém, mantendo o FCLK em 1866MHz para um melhor desempenho no modo assíncrono.

Nos casos 1 e 2, utilizei o TM5 0.12 1usmus config v3 para verificar estabilidade e o AIDA64 para ter noção dos números de banda e latência. Para esses testes, o CPU foi mantido em stock.

Resultados

Como disse anteriormente, o primeiro passo foi testar as memórias usando a abordagem 1. Na captura de tela abaixo, é possível ver como fica a configuração padrão (XMP) da Geil na plataforma AM4.

Com essa abordagem foi possível carregar o SO com as memórias em até 3333MHz, entretanto, as mesmas não apresentaram estabilidade com essa ultima configuração mesmo após aumento da tensão das memórias (VDIMM), portanto, o máximo que pude obter com estabilidade usando a primeira abordagem foi 3200MHz com 1.4V. Uma observação que faço desde já é que essas memórias não aceitaram trabalhar com tensões acima de 1.4V, sempre apresentando problemas no post (exemplo: parando na ultima etapa com algum post code  como 06 ou 07) ou mesmo instabilidades no SO com o driver de vídeo resetando a todo momento.

Abaixo, a captura de tela do Ryzen Timing Checker mostrando os ajustes dos timings feito de forma automática para 3200MHz, reparem que alguns ajustes, entre eles tRDRDSCL, tWRWRSCL e tRFC, são relaxados automaticamente sendo que esses tendem a fazem certa diferença nos benchmarks, em especial no AIDA.

Agora com a abordagem 2, usando esses timings automáticos dos 3200MHz como referência, afinal de contas, as “B-Die” da calculadora se referem aos kits orientados a entusiastas que utilizam chips melhor binados que conseguem trabalhar com timings/latencias/tensão mais agressivas sem problemas, o que significa que essa ferramenta não é exatamente o melhor ponto de partida nesse caso. 😉

O máximo possível de se obter com ajustes manuais foi 3533MHz, tendo sido necessário, do ponto de vista dos timings, relaxar o tRP e os tRCD para 20, tRAS em 38 e jogar +10 no tRFC. Outro detalhe que foi imprescindível para se obter estabilidade nessa frequência foi o ajuste manual das impedâncias do CAD Bus Drive Strength, sendo necessário utilizar ao menos 24Ω nos quatro parâmetros disponíveis, pois caso contrário, a frequência máxima com estabilidade ficaria limitada aos 3333MHz.

E por fim, eis os números de Leitura/Escrita/Cópia/Latência obtidos no benchmark do AIDA64, lembrando que todos os resultados aqui apresentados passaram no teste de estabilidade do TM5 0.12 v3 e ao menos especificamente para a amostra que tenho em mãos, representa algo que pode ser usado diariamente. 😉

Conclusão

A Geil EVO Potenza “AMD Edition” entrega aquilo que promete, que é a compatibilidade com CPUs Ryzen “out-of-box” e oferece uma margem até que razoável para overclock. Apesar desse kit utilizar os famigerados chips Samsung B-Die, por se tratar de uma opção de baixo-custo com binagem bem baixa, os mesmos nem sequer apresentam as mesmas caracteristicas que fizeram a fama desses ICs, portanto, considerar esse produto como uma alternativa de baixo-custo para entusiastas seria um erro, porém, para “uso civil”, esse kit certamente ainda pode ser considerado bastante aceitável nesse sentido.

Do ponto de vista do custo-benefício (o famoso CxB), o último preço praticado por esse kit foi de R$369, o que faz dele uma das opções de kit 2x8GB mais baratos disponíveis no mercado e indubtavelmente uma excelente opção para aqueles que estão com a verba apertada e que não pretendem quebrar nenhum recorde de overclock ou em benchmarks.

E é isso! Dúvidas, perguntas e sugestões são bem-vindas! Até a próxima!

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